Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
POESIA MUNDIAL EM PORTUGUÊS

NATHAN ZACH

 

 

Nathan Zach ( hebraico : נתן זך) (nascido em 1930) é um poeta israelense.

Nascido em Berlim, Zach imigrou para o que era então conhecido como Palestina em 1936 e serviu nas IDF como funcionário da inteligência durante a guerra árabe-israelense de 1948.

Em 1955, ele publicou sua primeira coleção de poesia ( Shirim Rishonim , hebraico : שירים ראשונים ), e também traduziu inúmeras peças alemãs para a etapa hebraica.

Zach imigrou para Haifa como uma criança. À vanguarda de um grupo de poetas que começaram a publicar após o estabelecimento de Israel, Zach teve uma grande influência no desenvolvimento da poesia hebraica moderna como editor e crítico, bem como tradutor e poeta. Distinguindo-o entre os poetas da geração dos anos 1950 e 1960 é o seu manifesto poético Zeman veRitmus etsel Bergson uvaShira haMernernit [Tempo e Ritmo em Bergson e em Poesia Moderna (Hebraica)]. Zach foi um dos inovadores mais importantes na poesia hebraica desde a década de 1950, e ele é bem conhecido em Israel também por suas traduções da poesia de Else Lasker-Schüler e Allen Ginsberg.

O ensaio de Zach, "Pensamentos sobre a Poesia de Alterman", publicado na revista Achshav ( Now ) em 1959, foi um importante manifesto para a rebelião do grupo Likrat ( contra ) contra o patético lírico dos poetas sionistas, pois incluiu um invulgar ataque a Nathan Alterman , que foi um dos poetas mais importantes e estimados do país. No ensaio, Zach decide sobre novas regras para a poesia. As novas regras que Zach apresentou eram diferentes das regras de rima e metro que eram costumeiras na poesia do país na época.

De 1960 a 1967, Zach lecionou em vários institutos de ensino superior tanto em Tel Aviv quanto em Haifa. De 1968 a 1979, ele morou na Inglaterra e completou seu doutorado na Universidade de Essex . Depois de retornar a Israel, ele lecionou na Universidade de Tel Aviv e foi professor nomeado na Universidade de Haifa . Ele foi presidente do conselho de repertório dos teatros Ohel e Cameri.

Mais informação em: https://en.wikipedia.org/wiki/Nathan_Zach

 

 

Extraído de

 

POESIA SEMPRE – Ano 5 – Número 8 – Junho 1997. Revista semestral de poesia.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Departamento Nacional de Livro.  Editor Geral: Antonio Carlos Secchin.  Ex. bibl. Antonio Miranda.

 

         Um momento

                        Para Ássia

 

        Um momento de silêncio, por favor.
         Quero dizer algo. Ele se foi
         e passou por mim. Podia ter tocado a barra
         do seu manto. Não toquei. Quem poderia
         me dizer o que eu não sabia.

         A areia colada em suas roupas. Na sua barba
         entranhavam-se uns ramos. Parece que dormira
         a noite passada na palha. Quem poderia
         saber que mais uma noite ele estaria
         vazio como pássaro, pesado como uma pedra.

         Não podia saber. Eu não
         o culpo. Às vezes eu o sinto erguer-se
         de seu sono, tocado pela lua como o mar e, deslizante
                                                         ao meu lado, dizer:
         meu filho.
         Meu filho. Não sabia que estavas a tal ponto comigo.

                   Tradução de Moacir Amâncio.

 

         Os cabelos de Sansão

        Os cabelos de Sansão nunca entendi:
         essa grande força oculta neles, o voto de segredo,
         a proibição constante de perder os cachos, a ameaça a todo instante
         de que Dalila, delicadamente, os acariciasse.

         No entanto, entendo bem os cabelos de Avshalom.
         Claro que são belos, como sol em toda a luz do dia, como a lua da
                                                                               vingança vermelha.
         O cheiro rescendente deles paira em sua doçura sobre a doçura dos
                                                                            perfumes das mulheres.
         Ahifel, o frio, o intrigante, esforça-se por desviar os olhos deles

         no instante em que vê diante de si o motivo do amor de Davi.
         Eis os cabelos mais maravilhosos de todo o reino, a justificativa clara
         de toda revolta e, depois, o terebinto.

                   Tradução de Moacir Amâncio.

 


        
Talita, kumi                             

         Talita kumi!,1 eu peço,
         és alguém inteligente, ergue-te.
         Talvez eu tenha errado, por certo eu, que não vi.
         Faz muito tempo já. Ergue-te,
         não era intenção, sim, talvez
         eu o confesse, mas ergue-te,
         Talita kumi
         (menina, ergue-te)

         Eli, lama shevaktani!,2 quer dizer,
         por que me abandonaste, Deus meu, por que
         me fizeste isso, quer dizer, qual o motivo.
         Por que não impediste minha mão, quer dizer,
         água, quer dizer, vento.

         Minha intenção era só o bem. Vi que ela sorria.
         Pensei que mais amor não se somaria
         em sua conta mais do que ela somava
         à minha. Não sabia o quanto eu te sobrecarregava
         com coisas vãs, meu Criador. Anula-me, Senhor. Não
         sabia até que ponto tu me reduzias, meu Senhor,
         em minha fome.  Talita, kumi.

                  Tradução de Moacir Amâncio.  

  1. Talita kumi, título original, é expressão aramaica usada por Jesus segundo o evangelho de São Mateus (5.41) que significa: “Menina, ergue-te!. (N.T.)
  2. Eli, lama shevaktani!, também é uma frase aramaica de Jesus, segundo o mesmo evangalista (25.34) (N.T..)

 

          Sua beleza não é conhecida

        Sua beleza não é conhecida.
         O vento não a revelou à árvore. A árvore
         não a revelou à tábua na cerca.
         A tábua na cerca sempre diz: sua beleza
         eu digo, ninguém conhece. Assim diz:
         a tábua feita de árvore para a cerca.

         Sua beleza não é conhecida. Seus olhos não são como
                                                               negra fonte e não
         como canção que uma vez cantou no nome a brisa de outono
         que disse, brisa de outono, sua beleza, disse
         não é conhecida. Assim diz o outono que ouviu
         sussurrar-lhe amor a lado da cerca feita da árvore
         que disse à tábua feita da árvore para ser a cerca, eu digo:

         sua beleza não é conhecida. E estou proibido de dizê-la
         até para mim. Tenho de me conter e passear
         ao anoitecer, quando sombra cai sobre sombra,
         e contentar-me com o silêncio e não gritar, ei, fazer disto lei:
         não ficar perto da cerca,
         isso para que não me perca.
         Fugir da brisa de outono,
         quando o amarelo é o dono.
         Não ouvir jovens que falam
         dela doçuras, não calam.
         Não parar se alguém parar,
         não ouvir se alguém cantar,
         não dar ouvido a sussurro
         que me sopra desse escuro:
         sua beleza não é
         conhecida, sei por fé,
         nessa coisa, nesse jogo:
         como a marca do fogo.

                  Tradução de Moacir Amâncio. 

 

Página publicada em março de 2018

 


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar